sábado, 1 de novembro de 2014

27 GRAUS.
MERCADO PÚBLICO.
NOVEMBRO.
PRIMEIRA RODA DO MÊS.
CAPOEIRA. VADIAGEM.

 “Art. 404. Se nesses exercícios de capoeiragem... ultrajar o pudor público e particular, perturbar a ordem, a tranqüilidade ou segurança pública... incorrerá cumulativamente nas penas cominadas para tais crimes”.

27 ANOS.

“Art. 403. No caso de reincidência será aplicada ao capoeira, no grau máximo, a pena do art. 400”.

ESTAMOS CONDENADOS.
SEMPRE ESTIVEMOS.

Hoje no Mercado nos lembraram de que nossas correntes mesmo invisíveis existem.
Oprimem-nos. Escravizam-nos.
Algemam nossos corpos ao dinheiro e acorrentam nosso espírito ao consumo.  
Cegado na sua massacrante labuta, o trabalhador desse lugar de compra e venda ignora quem é o inimigo. Avança sobre o capoeirista esquecendo que esse espaço é um edifício histórico, patrimônio tombado. Espaço de cultura.
Hoje os comerciantes mais uma vez nos ultrajaram, perturbaram a ordem, destruindo a tranquilidade da roda e deixando crianças, homens e mulheres inseguros. Incorreram cumulativamente no mesmo crime: 27 anos de preconceito.
E assim nos fazem resistentes.



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